quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

"Vida e Cidadania
Manifestação


Velório de Niemeyer tem protesto contra descaracterização de BrasíliaOs manifestantes ficaram na fila e, quando entraram no Palácio do Planalto, cantaram a música "Peixe Vivo" empunhando cartazes
Por Agência Brasil
"Manifestantes protestam contra projetos do governo do Distrito Federal que, segundo eles, descaracterizariam a capital federal| Foto: AFP Photo/Evaristo Sa
Um pequeno grupo de manifestantes aproveitou o velório do arquiteto Oscar Niemeyer para protestar contra a descaracterização de Brasília. Os manifestantes ficaram na fila e, quando entraram no Palácio do Planalto, cantaram a música "Peixe Vivo" empunhando cartazes. Eles contornaram o caixão e saíram sem provocar conflitos com os seguranças ou outras pessoas presentes.

De acordo com a líder do grupo, Leiliana Rebouças, os manifestantes quiseram chamar a atenção para projetos do atual governo do Distrito Federal que podem interferir no plano original da capital, idealizada por Niemeyer e pelo urbanista Lúcio Costa.

Veja fotos do arquiteto


Relembre as obras de Oscar Niemeyer

O principal foco do protesto é o Plano de Proteção do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCub), enviado pelo governador Agnelo Queiroz (PT) à Câmara Legislativa do Distrito Federal. O plano trata das diretrizes de uso e ocupação das áreas tombadas de Brasília, em especial do Plano Piloto, e é polêmico.

"Esse projeto muda a lei, muda o gabarito de altura dos prédios, propõe a construção de prédios e estacionamentos em áreas verdes, interferindo na percepção bucólica da cidade. Ele interfere no projeto original de Brasília", afirmou Leiliane, que faz parte do Movimento de Defesa de Brasília.

O PPCub ainda não foi votado e está sendo discutido pelos deputados distritais. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) também participa dos debates e algumas audiências públicas sobre o assunto já ocorreram.

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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O dono de Goiania (herdeiro da capital Goiana)

O dono de Goiania (herdeiro da capital Goiana)

“O dono de Brasília”
Fonte: http://odonodegoiania.blogspot.com.br 

 Quarta-feira, 07 de dezembro de 2011 | 16:15


Walter: O agricultor Walter Paiva mostra documentos e diz ser herdeiro das terras

“O dono de Brasília”
Ele chama de “corruptos” alguns políticos de Brasília. Diz que conhece o atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, desde quando era ministro do Esporte. “Um dia, o Agnelo me ofereceu R$ 500 mil para que eu fizesse parte do Programa Segundo Tempo, do ministério, com nossa ONG Políticos Sem Fronteiras”, conta o agricultor Walter Rodrigues de Paiva, em entrevista (gravada) para o blog Palanque Capital. Walter se apossou de terras localizadas dentro da área do antigo Jockey Clube de Brasília, onde mora com a família no “Sítio Barão de Cocais”.

Além disso, o agricultor quer cobrar do governo de Brasília, “através da lei federal conhecida como Lei Laudêmio, o pagamento anual de quantia equivalente a 0.27% de toda a arrecadação fiscal do DF. Eu tenho direito, porque Brasília foi construída dentro das terras da minha família”, comenta.

Uma história fantástica: “Sou descendente de Francisco Rodrigues de Paiva, dono da antiga fazenda Botafogo, que na época do Brasil Império tinha 277 mil quilômetros de extensão, ocupando quase a totalidade do tamanho do Estado de Goiás, incluindo a região onde foi implantado o DF”, ressalta o agricultor. Com uma mala de documentos e se dizendo um dos herdeiros de Francisco, ele garante que não sairá da área de 105 hectares que cercou, onde fica o “sítio”, imediações do terreno onde existia o Jockey.

“Eu chamarei a polícia, caso apareça alguém para tentar me tirar daqui”, avisa ele. “E isso vale também para o pessoal do governo de Brasília”. Acontece que Walter ocupa uma fatia de terra localizada em região muito valorizada do DF.

No passado, o Jockey teve vida social: foto dos anos 90 mostra o então presidente do hipódromo, Alberto Bardawill, com os irmãos Miguel e Luiz Estevão

Um dia, o então governador José Roberto Arruda tentou desocupar a área do Jockey, num total de 268 hectares, para a construção de bairro residencial, expansão dos prédios de apartamentos do Conjunto Lúcio Costa. Mas, Arruda não conseguiu. Na época, a empresa Terracap e os empresários Paulo Otávio e Luiz Estevão chegaram a fazer projetos para futuros lançamentos urbanísticos no local, entretanto as obras nunca foram iniciadas. Hoje as terras estão em litígio.
“Planto frutas e hortaliças, crio galinhas e porcos. Isso aqui é uma propriedade rural quase dentro de Brasília”, explica Walter. A ONG Políticos Sem Fronteiras é presidida por um sobrinho, o corretor de imóveis Darlan Rodrigues Paiva dos Santos.

Furtos - Algumas dezenas de metros de distância do “sítio” funcionam uma importadora de pneus, sob as marquises que sobraram das arquibancadas do Jockey, uma cooperativa que produz matéria-prima para fabricação de mangueiras, além de uma firma de aluguel de contêineres.

De acordo com moradores de uma vila de ex-funcionários do Jockey, equipamentos que faziam parte do hipódromo foram retirados do local e vendidos irregularmente.

Acesse o link e confira http://www.youtube.com/watch?v=ITo08wNdkrE

Fonte: Da Redação